ENTREVISTA-ESPANTO: A GAROTA QUE LEILOOU SUA
VIRGINDADE
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Sisly vinha ao Brasil para assistir a um desfile de modas de que sua escolhida, Catarina Migliorini, garota de 20 anos de Itapema (SC), iria participar, no Rio, mas teve seu visto de entrada recusado pelo Itamaraty com base em artigo do Código Penal que fala em prostituição e exploração sexual. Catarina, que está na Austrália, acabou também não vindo ao Rio.
Segundo autoridades, o cineasta poderia ser preso se desembarcasse, com base no artigo 231 do Código, que diz: “Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro”. (A pena para esse crime chega a oito anos de prisão.)
O fato envolveu até um dos subprocuradores-gerais da República, João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, que ordenou uma investigação sobre o caso. Num ofício que teria sido encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, segundo o portal Terra, Mello Filho estaria recomendando um contato com as autoridades policiais e judiciárias da Austrália para impedir a consumação do ato. O subprocurador também teria solicitado a revogação do visto de Catarina na Austrália.
Antes de partir para a Austrália, Catarina concedeu a entrevista abaixo à revista Playboy, que transcrevo sem maiores comentários, porque a naturalidade com que a jovem aborda a venda de sua virgindade fala por si.
As fotos incluídas na entrevista fazem parte de um ensaio “sensual” de Catarina, como parte das ações de marketing destinadas a promover o documentário. O ensaio foi publicado em sua página do Facebook.
Entrevista concedida Brunna Castro, publicada na edição de novembro de Playboy
CATARINA MIGLIORINI
A catarinense de 20 anos que vendeu a virgindade por 1,5 milhão de reais em um leilão na Internet revela detalhes da transação, fala sobre a expectativa para a hora H, diz como treinou as preliminares e cogita posar nua para Playboy
1. O leilão pela sua virgindade teve alguns momentos de disputa acirrada entre os participantes. Você não ficou curiosa para saber quem são esses homens que estão tão interessados em você?
De início eu não tinha muita curiosidade, mas, nos momentos finais, confesso que deu vontade de conhecer cada um deles. Eu não costumava acompanhar o leilão diariamente, mas nos últimos minutos fiquei acompanhando, e foi bastante emocionante.
No último segundo o Natsu [o cidadão japonês de idade e profissão não revelados, vencedor do leilão] deu o lance maior, além de outros lances feitos por outros participantes que permaneceram meio sorrateiros até o último dia do leilão. Foi legal, inusitado.
2. Se você sentir vontade, vai poder transar pelo tempo que quiser ou o período é determinado?
Tem um tempo determinado de 1 hora no mínimo, mas nada impede que se prolongue um pouco mais. Estarão presentes seguranças para garantir que as regras não sejam quebradas. Quero conversar com o Natsu antes de qualquer coisa. Quero conhecê-lo e quero que ele me conheça também. Acho que isso é fundamental.
Eu tenho uma boa noção teórica de como vai ser, mas nenhuma noção prática, pois nunca me relacionei com ninguém em nenhuma modalidade sexual e por isso me considero virgem, mas não vejo isso como um troféu. É a condição em que me encontro.
3. O evento ocorrerá durante um voo entre a Austrália e os Estados Unidos, o qual dura 17 horas. O que você vai fazer caso a relação termine em 1 hora?
Hummm, não pensei nisso ainda, mas, jogar paciência, talvez? Não sei, mas aceito sugestões.
4. O lance de 1,5 milhão de reais vai ficar inteiro com você? O que você pretende fazer com todo esse dinheiro?
O dinheiro do maior lance do leilão ficará todo comigo, e ainda não decidi o que fazer. Eu só saberei informar isso depois que o valor estiver na minha conta.
5. O vencedor deve comprovar que tem o dinheiro que ofereceu no leilão. Se ele não tiver o dinheiro, o que vai acontecer?
O diretor Justin Sisely mantém contato direto com os principais participantes e tem as garantias de que eles são excessivamente abastados. Esse dinheiro deve ser depositado na minha conta antes de qualquer envolvimento maior. Do contrário, nada vai acontecer.
6. O vencedor do leilão é um japonês. Existe aquela lenda sobre eles não serem avantajados…
[Risos.] Avantajados ele já provaram que são, né? Quanto à lenda, eu não sei responder. Isso cabe aos observadores de tamanho do pênis alheio, que, pelo jeito, gostam de ficar comparando.
7. Você é daquelas que já fizeram de tudo antes, menos perder a virgindade?
Não, nunca tive um namorado e nunca me relacionei sexualmente com ninguém, seja homem ou mulher. Nunca ninguém passou as mãos em meus seios ou em minhas partes íntimas, nunca ninguém me lambeu ou chupou, nunca fiz sexo anal, oral nem vaginal.
Não considero virgem quem já teve algum contato sexual com outra pessoa. Eu já beijei, sim, poucos, e todos eram da minha faixa etária. Meu primeiro beijo foi aos 17 anos, e, se afirmo tudo isso diante do mundo, é porque não existe nenhum homem ou mulher que possa provar o contrário.
8. Por que você não perdeu a virgindade até hoje?
Você diz até hoje como se fosse algo anormal, como se fosse regra perder a virgindade antes dos 20 anos. Bem, eu tenho amigos e gosto de sair para me divertir, dançar, ouvir uma boa música, viajar, adoro esportes.
Além disso, gosto muito de ler. Passo horas e horas lendo. Essas também são maneiras de se divertir. Tem aqueles que gostam de transar, e não vejo nada de mais nisso, mas, por enquanto, meus passatempos são outros e eu acho muito excitante ler um bom livro.
9. Por 1,5 milhão de reais, você vai perder a virgindade de tudo? Anal, oral…?
Eu devo perder a virgindade vaginal, nada além disso. Portanto, não serei mais virgem.
10. Já fez algum treino para as preliminares?
Como disse, jamais tive contato sexual de nenhuma modalidade com ninguém. Mas, se isso serve, já imaginei beijos ardentes e treinei com uma laranja descascada.
11. Se você gostar do Natsu, vai namorá-lo?
[Risos.] Se eu me apaixonar pelo Natsu e o sentimento for recíproco, dá pra pensar no caso, né?
12. E, se uma mulher tivesse vencido o leilão, você ia topar?
Sem dúvida nenhuma. Eu não vejo nenhum problema nisso. Não sou lésbica, mas não tenho nenhum preconceito com as escolhas sexuais ou amorosas de cada pessoa. Em um leilão não se escolhe o vencedor; é sempre quem dá o maior lance.
13. Se aparecer alguém oferecendo dinheiro para uma segunda vez, você aceita?
Eu ainda não tive nem a primeira vez… Quanto à segunda, creio que não toparia. Vou dar uma chance para um possível amor. O leilão, a princípio, seria algo a ser feito no final do projeto e seria opcional, podendo ou não acontecer. Mas o diretor Justin resolveu mudar os planos e fazer o leilão em meio ao documentário por uma questão de mídia mesmo.
14. Depois que você perder a virgindade, o que mais fará parte do documentário?
O vencedor do leilão vai aparecer? Ainda não posso precisar o que mais fará parte do documentário. Posso dizer apenas que o projeto continua e, quanto ao vencedor do leilão, cabe a ele querer aparecer ou não.
15. Durante o período de filmagem do documentário, você está sendo acompanhada por um psicólogo. No que ele a está ajudando?
Eu costumo ler muito sobre filosofia, e é algo de que gosto muito. Isso me ajuda e me incentiva a ter e seguir os meus próprios pensamentos e ideias. Eu respeito os psicólogos; afinal, eles estudaram para ter esse título, mas creio que os comportamentos humanos são muito subjetivos.
Então, basicamente posso dizer que gosto de trocar ideias com eles como qualquer outra pessoa e não sinto necessidade de nenhum acompanhamento psicológico.
16. Você não acha que vai ser difícil arranjar namorado depois disso?
Eu tenho certeza de que não. Mas isso não me preocupa mesmo. Não quero um namorado, quero um amor, e o amor verdadeiro não cobra nada, não é egoísta e ama incondicionalmente.
17. Para continuar famosa depois do leilão e do documentário, você pretende participar de programas como Big Brother e A Fazenda?
Eu vou ser bem sincera com você: nunca acompanhei esses programas. Já vi um pedacinho ou outro do BBB muito de passagem, A Fazenda eu nunca vi nem sei em que canal passa, mas creio que deve ser no mesmo estilo, né? Nada contra. O que estou fazendo também não deixa de ser uma espécie de reality, mas eu nunca me inscrevi em nenhum desses programas e nunca tive a intenção de fazê-lo.
18. Oscar Maroni [dono do clube privê Bahamas] afirmou que você ofereceu sua virgindade a ele por 100.000 reais. É verdade essa história?
[Risos.] Por 100.000 reais e ainda por cima pra ele, Oscar Maroni?!? Dio mio, divina comédia! Isso seria o mesmo que acreditar que a Terra é quadrada, o Sol é gelado e a água do mar é doce!
O valor mínimo que eu estipulei para o leilão junto e somente para o meu diretor Justin Sisely foi de 500 000 dólares, e nada menos que isso. Para a minha sorte, o valor foi maior; então, sem comentários.
19. Você conhece Oscar Maroni?
Sim, conheci essa figura em Balneário Camboriú. Ele fazia questão de se fazer notar, parece ter gostado de me ver tocar piano, trocamos ideias. Na época eu tinha 17 anos. Agora, passear de mãozinhas dadas, jantarzinho romântico e beijinhos?!?
[Risos.] Dá licença! Tá de brincadeira, né? É coisa da imaginação dele porque tal fato nem sequer passou pela minha cabeça. Isso é patético. É tão desprezível alguém usar calúnias para chamar atenção que sinceramente me desperta piedade.
20. Se por acaso Playboy tivesse coberto o maior lance dado pela sua virgindade, você teria desistido de perdê-la e posaria nua para a revista?
[Risos.] Essa pergunta é surpreendente, mas informal, então eu não posso responder qual seria a minha decisão. Quanto a posar nua, não vejo nenhum problema; é só uma questão de “valores”. Mas, no momento, vou seguir fazendo parte desse documentário, que é o que mais me interessa. Estamos todos muito focados nisso.
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